terça-feira, 15 de setembro de 2015

O diálogo



O diálogo
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva






 Em um certo dia, ao final da tarde, um filósofo pergunta a um místico:

 --Místico, como o ar que respiramos pode ser essencial à nossa sobrevivência? Não procuro uma resposta na biologia.  


O Místico diz:

 --Por que perguntas? Não já existe uma explicação biológica e física?

O Filósofo responde:

 --Apenas desejo questionar. Agrada-me entender o âmago das coisas, acerca do que está além das respostas satisfatórias. A vida na Terra é um fenômeno orgânico com determinadas características. E por que não imaginar a existência de vida inteligente em outro modo de existência?

O Místico, então, responde:

 --Especulas, Especulas e Especulas: essa é a tua honrosa tarefa. O dever do cientista é explicar, explicar e explicar: essa é a triunfal forma do homem da experiência positiva. Já a atividade do místico é apenas observar.

O filósofo se aproxima do místico com um semblante de dúvida, dizendo:

--Só observar??

O Místico, então, responde:


"Observar o que é claro e inatingível."




Álvaro Vinícius de Souza Silva, 15/09/2015.


Obs: de acordo com a lei nº 9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível."

Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.

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