domingo, 20 de setembro de 2015

O comentário e a análise (Parte 1)



Um comentário e uma análise
(Parte 1)
Escrito por Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 20/09/2015


No meu perfil da rede social Facebook,  publiquei o seguinte comentário:


   É preciso identificar e analisar, em toda situação ou problema, quais as perspectivas mais estimadas pelo 'establishment de mídia', especialmente quando se customizam interpretações com algum enxertamento sentimental. Não há somente dois lados de uma 'única moeda', porque são 'várias moedas' em jogo e de diferentes tipos. A Europa está sob as rédeas de grupos que cobiçam uma nova estrutura de poder mundial. E para isso, nada melhor que plantar as sementes da convulsão social no velho continente. [Data: 18/09/2015]



  Nesse comentário, destaquei a necessidade de observar dois raciocínios: i) a identificação e a análise das estimadas perspectivas do “establishment de mídia"; ii) as várias possibilidades geopolíticas em jogo, já que se trata de "várias moedas" de "diferentes tipos". O segundo raciocínio nos leva para uma dúvida bastante fundamental, ainda que trivial, quando ele se junta ao primeiro numa articulação de ideias positivas, por meio da qual se consolidaria uma interpretação provisoriamente consistente. Essa dúvida, quando objetivada, poderia ser traduzida da seguinte maneira: se há um “establishment de mídia”, como poderíamos pensar em “várias moedas e de diferentes tipos” (grupos políticos) em ação? Observa-se, nessas expressões, o sentido pouco superficial e frugal da palavra “moeda”, pois coloco sob uma única camada verbal a ideia de probabilidade (chance) e a ideia de poder político, referenciando-os essencialmente numa hipótese de experimentação social, numa conjugação laboratorial de diferentes cenários.      

   Um leitor perspicaz e atento à raiz lógica da crise europeia entenderá perfeitamente que surge, no velho continente, o aprofundamento de tendências ideológicas em várias direções, ao mesmo tempo em que o decadente paradigma marxista-frankfurtiano tenta ditar os rumos da interpretação social no que ocorre no Ocidente. Apesar de seu irreversível declive, esse paradeigma ainda possui bastante influência na cultura juvenil, seja por meio de ONGs, de movimentos sociais ou de acadêmicos socialistas, uma vez que, atualmente, tal sistema de pensamento adquiriu uma formidável sincronia ideológica nos principais polos de representação da ordem ocidental. De modo sinóptico, basta notar o perfil ideológico do Sr.Barack Obama, a retórica do Papa Francisco (o jesuíta Jorge Mario Bergoglio) e a orientação crítica dos Think-Tanks com notáveis economistas (ex: Paul Krugman) e megainvestidores (ex: George Soros), que tentam perfilar o desenho intelectual de uma nova arquitetura na ordem econômica. É exatamente nesse ponto, portanto, que se localiza parcialmente a resposta para a aparente contradição entre a existência de um establishment capaz de forçar a uniformização da opinião pública e o aparecimento das diversas possibilidades políticas que sacodem a cada dia o seio europeu. E tudo isso se movimenta na medida em que o velho continente começa a sinalizar profundas turbulências em sua própria tradição civilizacional e a dar abertura a algum nebuloso caminho para a "futura salvação" de sua ordem. 

   Na Europa, presencia-se um súbito espectro político que abrange visões radicais. Há tanto partidos “esquerdistas” – ex: Podemos na Espanha— quanto agremiações de “extrema direita” que adotam um discurso antiislâmico —ex: Golden Dawn na Grécia, Front National de Marine Lee Pen na França, além de outros. Mas, para fechar esse quebra-cabeça, é necessário captar uma realidade de repercussão geopolítica no sentido leste (a crise ucraniana) -- tensão entre a UE-OTAN e a Rússia -- e o desenrolar do Estado Islâmico, sem falar do grupo Bilderberg.  






Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".

Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto. 

    

   



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Leitura (áudio) de texto





A leitura (áudio) do texto "A imprecisão resolutiva e uma lição de Heisenberg."

Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva



Publicado no site SoundCloud.





terça-feira, 15 de setembro de 2015

O diálogo



O diálogo
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva






 Em um certo dia, ao final da tarde, um filósofo pergunta a um místico:

 --Místico, como o ar que respiramos pode ser essencial à nossa sobrevivência? Não procuro uma resposta na biologia.  


O Místico diz:

 --Por que perguntas? Não já existe uma explicação biológica e física?

O Filósofo responde:

 --Apenas desejo questionar. Agrada-me entender o âmago das coisas, acerca do que está além das respostas satisfatórias. A vida na Terra é um fenômeno orgânico com determinadas características. E por que não imaginar a existência de vida inteligente em outro modo de existência?

O Místico, então, responde:

 --Especulas, Especulas e Especulas: essa é a tua honrosa tarefa. O dever do cientista é explicar, explicar e explicar: essa é a triunfal forma do homem da experiência positiva. Já a atividade do místico é apenas observar.

O filósofo se aproxima do místico com um semblante de dúvida, dizendo:

--Só observar??

O Místico, então, responde:


"Observar o que é claro e inatingível."




Álvaro Vinícius de Souza Silva, 15/09/2015.


Obs: de acordo com a lei nº 9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível."

Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.

domingo, 13 de setembro de 2015

O vaso, vazio vaso...






     O vaso, vazio vaso...
    Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
     Data: 13/09/2015   Hora: 22:54 (Horário de Brasília)


     
      O vaso, vazio vaso...

     Que não guarda o espaço


     Para um inoxidável aço

     
     Em um só e apenas um compasso


     O vaso, vazio vaso...


     Que solfeja no imaginário


     Em um arco-íris de um só traço

  
     Curvado em um só embaraço

     Para não quebrar o vaso num só caso



     O vaso, vazio vaso...


     Que não existe por cada caso


     Pois é só um corpo nulo e escasso 

  
     Sob o caco de um só único cansaço

    

     O vaso é vazio, vasa num só estalo

     Pois espera tudo em um só caso.


     Fim!



Álvaro Vinícius de Souza Silva, 13/09/2015













  






     
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".

Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto. 

     

 

O Mestre, o Discípulo e a Estrela


O Mestre, o Discípulo e a Estrela
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 13/09/2015







Certa vez, o Mestre pergunta ao seu Discípulo:

---Qual a estrela que poderia brilhar tanto quanto a maior estrela que poderias pensar?

O Discípulo responde: 
---A estrela que seja possível existir.

O Mestre diz:
---Tua estrela é uma possibilidade; é o que pode ser ou não ser. Mas por que entenderias o brilho como a razão consequente de sua grandeza física?

O Discípulo responde:
---Porque a energia é a matéria; a matéria é a energia.


O Mestre diz:

"O espírito é tão maior que poderia existir na menor semente que tu poderias imaginar."



Uma lição: o espírito é tão brilhante e vivaz que a física parece ser a interpretação mais primitiva... 



Álvaro Vinícius de Souza Silva, 13/09/2015















    

Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".

Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto. 








Do ínfimo ao grande





    Do ínfimo ao grande

   Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva

   Data: 13/09/2015  Hora: 00:13 (Horário de Brasília)









   Do ínfimo ao grande, da fraqueza à fortaleza e da luminosidade à escuridão: para tudo isso, existe e subsiste o esplendor conceitual e a proporção relativa, fundados na observância e no incrustar da interpretação. Um justo e aquiescente exercício à reverência que se tem à inteligência que nos ultrapassa.

Álvaro Vinícius de Souza Silva, 13/09/2015.





 


Obs: de acordo com a lei nº 9610/1998, "são  obras intelectuais protegidas as criações do espírito expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível."
   


 

sábado, 12 de setembro de 2015

O Reino Invisível


O Reino Invisível

Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 12/09/2015  Hora: 01:16


"Não atentado nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas."(II Coríntios 4:18)

"Voz que clama en el desierto: preparad camino a Jehová;enderezad calzada en la soledad a nuestro Dios." (Isaías 40:3)








   O visível é um amigo aflito, enquanto o invisível é um permanente mistério em desatino. As ondas do mar vão e voltam, mas o oceano permanece em seu lugar. As aves sobrevoam pelos céus, cortando em sombras as luzes do Sol, mas logo o dia segue em noite e a noite segue em dia, sob o contínuo contraste da mudança. E quando, num deserto, um grito solitário não atende a nenhuma resposta, a miragem emerge como um sonho, como a única loucura do homem ou como a única esperança que vem aos seus pés. Assim, é mais fácil o homem procurar o espelho de seus caprichos que aceitar o invisível mapa que guia os seus passos. Só o sábio entenderá, porque em cada aflição ele se fará mais sábio; o tolo jamais entenderá, porque em sua solidão verá no espelho um amigo aflito, que é a parte visível, sem jamais compreender o Reino Invisível.  

Álvaro Vinícius de Souza Silva, 12/09/2015.





(Este texto foi publicado no site Recanto das Letras)


Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto. 


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Uma reflexão: a sofisticação verbal e os especialistas



A Sofisticação Verbal e os Especialistas

Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva

Trecho do que escrevi no texto "A imprecisão resolutiva e uma lição de Heisenberg".





 "De certa maneira, não há nenhum erro em turbinar cada especialidade do conhecimento, contanto que a captação de uma realidade de estudo não seja obstruída pela primazia de uma formulação técnica de pesquisa acadêmica, da qual procede, muitas vezes, uma sofisticação meramente verbal e uma consequente roupagem aparentemente científica entre cada termo usado e cada palavra postiça".









quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Ai de vós



Ai de vós, "coitadeus"!
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:09/09/2015
Hora:03:12 (Horário de Brasília)



Ai de vós, que idolatra o instinto

Ai de vós, que serpenteia no íntimo

Ai de vós, que espera o torpor

Ai de vós, que deseja o próprio louvor



Ai de vós,  que não enobrece a língua

Ai de vós, que não entende a rima

Ai de vós, que desafina em melodia

Ai de vós, que não toca um tambor



Ai de vós, que não reconhece o Criador

Ai de vós, que  detesta qualquer instrutor

Ai de vós, que requer o vapor:

"Onde nem água, nem sol
Hão pra chuva e o calor..."

Ai de vós, coitadeus!





Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto. 

terça-feira, 8 de setembro de 2015

A Profecia e o Virtus Seculorum



A Profecia e o Virtus Seculorum

Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 08/09/2015   Hora: 16:08 (Horário de Brasília)



O virtus da antiga estrela da manhã

Renascerá das profundezas da escuridão

Em uma batalha mística

Entre as forças da luz e das sombras

Estimulará o homem para a salvação

De sua derradeira vida

Mas aquele que é, que é sempre, o Rei dos reis,

Quebrará a torpe aliança do principado da serpente

E iluminará o mundo sob o Sol Invencível

Não fará uma nova luz

Será apenas uma nova perspectiva para a luz

E entre os escombros da civilização

Caberá ao homem renascer da "água e do espírito"

Ou pelejar nas obras de suas próprias mãos.




Obs:


Esse texto foi publicado na seção Pensamentos do site Recanto das Letras. Tive como principal objetivo expressar uma intuição, muito embora, neste espaço virtual, tenha escrito em forma de versos. Tudo por uma questão meramente estética. Deixo ao leitor a liberdade para acreditar ou não na possível mensagem escatológica desse texto.




Obs: de acordo com a lei nº 9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intengível."



O farisaísmo acadêmico




  O farisaísmo acadêmico
 Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
  Data: 08/09/2015







A sofisticação formal repreende, muitas vezes, a beleza e a grandeza do que é simples e acessível por natureza. Por isso, o exercício da intuição deve ser a primeira necessidade. Só assim evitar-se-á a grosseria do farisaísmo acadêmico. 







Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.  


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O Império e a Força do Equilíbrio




O Império e a Força do Equilíbrio

Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:07/09/2015



O semblante de um império é a sua honra. Se há permanente sorriso, é sinal de que haverá ruínas. 

Por acaso, subsiste algum reino pela constante alegria de sua conquista? E se há permanente tristeza, é sinal de que não existe nem mesmo um rei ou rainha.




Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.  

A ilusão do progresso, o fruto da Razão



A ilusão do progresso, o fruto da Razão

Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:07/09/2015
Hora: 00:50 (Fuso Horário de Brasília)



O homem moderno, em sua postura autocêntrica, acredita cegamente que está na direção do progresso humano, tal qual um jovem que segue apenas o caminho da autorrealização. Nesse caminho, descobre a emoção de subir em grandes rochas e montanhas, esquecendo que sua força não domina tudo e que sua liberdade pode esconder ousadias irracionais. Mesmo com a ideia geral de uma razão iluminadora, uma espécie de pedra angular do progresso do homem e da sua liberdade, a modernidade propiciou um mundo cada vez mais sem razão.
É a ilusão do progresso, o fruto da razão.



Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.  

domingo, 6 de setembro de 2015

A originalidade




A originalidade

Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:06/09/2015
Hora: 21:36 (Horário de Brasília)


Nenhuma originalidade surge sem a disposição para crer. Se não acreditas em algo, não haverá nada que seja novo. Mas se acreditas apenas na face ornamental dos mitos de sua época, repetirás apenas o que todos querem ouvir, ver e sentir. Na época atual, por exemplo, tentar mudar o mundo é ser banal. É criar uma fantasia de originalidade.



(Foi publicado no site Recanto das Letras)

Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.

Em um único instante






 


   
   (Este texto se encontra na página Pensamentos deste blog)

A eternidade em um único instante.

Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 06/09/2015
Hora: 02:46


  Em nenhuma das infinitas sucessões do tempo, haverá outro momento que nos proporcione a mesma consciência de um único instante. De instante à instante, há um flerte com a eternidade, um vislumbre magnífico de uma única resolução concreta entre universos de possibilidades, que não têm início e nem fim. 
Eis a face da eternidade em um único instante.






Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.  



A utopia revolucionária e o mundo


A utopia revolucionária e o mundo


Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:06/09/2015
Hora:00:51 (Fuso Horário de Brasília)
(Está disponível na página Reflexões Bíblicas do próprio blog)
   

  O lugar do mundo não é o da utopia revolucionária. Ainda que o mundo, essencialmente imperfeito, estimule o fervor utópico para mudá-lo em sua essência, jamais haverá uma mudança em sua 'misteriosa razão' de 'ser', pois uma criatura imperfeita não poderá afetá-la e jamais poderá entendê-la na plenitude de sua própria inteligência. 

  Se a inteligência provém da consciência de que algo nos transcende, então seremos capazes de discernir em grande profundidade, mas jamais aptos para reger a própria realidade, tal qual fez o próprio Deus ao dizer 'fiat lux' no livro de Gênesis. Assim, somos apenas a criatura que 'veio do pó e ao pó retornará' (Gênesis). 



Foi publicado no site Recanto das Letras


Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.  



sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A Natureza, as Leis Cósmicas e a Evolução



A Natureza, as Leis Cósmicas e a Evolução



  A natureza não é independente, pois é regida pelas Leis Cósmicas. Em cada ciclo ela se renova, mas jamais inova por si. E se ela adquire, pela combinação das possibilidades, uma nova relação entre as novas criaturas, então tudo se resumiria ao desenvolvimento das potencialidades naturais. 
Para um cérebro preguiçoso, isso seria uma Evolução.


Data: 04/09/2015

Hora: 03:51 (Fuso Horário de Brasília)

Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva

Foi originalmente publicado no site Recanto das Letras.






Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é preciso solicitar a permissão do autor.

A inteligência cética, a dúvida e o próprio homem




A inteligência cética, a dúvida e o próprio homem


   No rigor da inteligência cética, a dúvida se torna, aparentemente, o instrumento de glória da razão humana. Costuma-se, assim, reunir os atalhos teóricos que possam orientar alguma motricidade algébrica do raciocínio abstrato. Mas o que seria dessa capacidade sem o que há de mais concreto e evidente, que é o próprio homem?

Data: 04/09/2015
Hora: 02:10 (Fuso Horário de Brasília)
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Foi originalmente publicado no site Recanto das Letras.






Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é preciso solicitar a permissão do autor.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A religiosidade cética



A religiosidade cética

Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva

    Para o cético radical, a religiosidade se limita à prática ritualista e à instituição de uma determinada moralidade. Essa religiosidade, segundo o cético iconoclasta, não passa de uma convenção humana questionável. Em seu domínio de opinião, ele está tão fervorosamente correto quanto um religioso em seu limitado apego à superfície do rito. Qual é, então, a diferença entre ambos?

Data: 03/09/2015


Foi publicado no site Recanto das Letras.
Link: 





Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.  



terça-feira, 1 de setembro de 2015

O cético pantomima




 O inabitual como susto: o cético pantomima
 Parte 2

  Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva

  Data: 01/09/2015  Hora: 00:52 (Fuso horário de Brasília)


       Não é difícil perceber que a formulação conceitual de um método - method, met, "depois", hódos, "caminho"-, atualiza sistematicamente um conjunto de diretrizes experimentais sobre o qual repousava alguns prognósticos rudimentares. Como consequência, esboça-se naturalmente um método por meio de identificadores de regularidade (parâmetros) numa dada observação. Em razão disso, surge a necessidade de testá-lo para hipóteses, hypothesishypo--sob-, com thesis, proposição,  a fim de estabelecer a configuração lógica, logikê, logikós, logia, que findará na aproximação conceitual entre method e logia, isto é, numa metodologia[1]. Para o cético mimético, um "cabeça oca" que anseia por preludiar a dúvida como o fim supremo, a evidência científica seria sempre o desdobramento da metodologia para a qual fixou um padrão de questionamento específico, baseando-se numa formuleta ginasial que esgarçaria noções muito limitadas e estapafúrdias, ainda que aparentemente justificáveis. Vejamos o seguinte  exemplo: a evidência da aceleração dos corpos pela lei galileana -- conceituação matemática referente à queda livre dos corpos -- tem consonância com a observação ou indução (eixo qualitativo) a partir da geometrização da realidade física (eixo de abstração lógica), em que a noção posicional dos corpos corresponde às relações analíticas entre pontos em uma dada referência. Caso um cético pantomima queira jorrar sua capacidade de duvidar unicamente pela síntese da aplicação metodológica galileana, procurando respaldar toda a ciência física nessa forma de avaliar os fenômenos físicos, ele logrará para si apenas a segurança do método para as situações cujos resultados foram plenamente confirmados, todavia criará algum obstáculo teórico para situações que apresentem explicações insustentáveis pelo método [2]. Por uma inabalável fidelidade ao método, tenderá assim a simplificar os fenômenos ou fichá-los em ad hoc. Uma maneira de entender isso é perceber a diferença intuitiva que procederia da interpretação entre a simples representação geométrica dos corpos em movimento e a relação entre variações infinitesimais em diferentes momentos da representação geométrica desses corpos. Nesse último caso, teríamos uma explicação física por base da teoria newtoniana e descrita matematicamente pela concepção de cálculo de Gottfried Leibniz. Através dessa abordagem Newton-Leibniz, amplia-se satisfatoriamente o número de situações abarcadas em um novo arranjo teórico, especialmente nos casos em que ocorre a variação da aceleração gravitacional, o que difere obviamente das previsões galileanas.  Devido à refundação das próprias ferramentas teóricas, propicia-se uma crise (crisis) no binômio teoria-método e os  limites da previsão galileana se tornam claramente evidentes. Nota-se, então, o aparecimento de um novo instrumental teórico -- o cálculo diferencial--sem o rígido auspício lógico da antiga metodologia físico-matemática, uma vez que os próprios fundamentos teóricos foram reestruturados.  Não houve um desenvolvimento direto da aplicação da lei na experiência, capaz assim de ratificar uma generalização para outras situações. 
   Mas o cético pantomima, ao exercitar a meditação do Asno Buridan, talvez ainda acredite em um método fabuloso, em um critério umbilical, em sua conduta de questionamento que deriva do apego ao método predileto e da respeitabilidade que alguma abordagem metodológica consolidou ao longo do tempo; ou, quem sabe, o cético pantomima ainda insiste em sua honra de duvidar pelo método e sob o método; enfim, nada mais!




Para a leitura da Parte 1:

"O inabitual como susto: de Feyerabend a Charles Richet"
(Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva)
E-mail: alvarovinixshered@hotmail.com


1-Dicionário etimológico.
2-Esse raciocínio que desenvolvi sobre a segurança do método como um fetiche intelectual, o qual pode obstaculizar o avanço de novas ferramentas teóricas, advém das leituras da obra  Against Method (Contra o Método),  de Paul K. Feyerabend.

Consulta bibliográfica:

FEYERABEND, Paul  K. Contra o Método; tradução Cesar Augusto Mortari.-2.ed.-São Paulo: Editora Unesp, 2011.

Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é preciso solicitar a permissão do autor.