terça-feira, 29 de setembro de 2015
sábado, 26 de setembro de 2015
domingo, 20 de setembro de 2015
O comentário e a análise (Parte 1)
Um comentário e
uma análise
(Parte 1)
Escrito por Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 20/09/2015
No meu perfil da rede social Facebook, publiquei o seguinte
comentário:
É preciso identificar
e analisar, em toda situação ou problema, quais as perspectivas mais
estimadas pelo 'establishment de mídia', especialmente quando se
customizam interpretações com algum enxertamento sentimental. Não há
somente dois lados de uma 'única moeda', porque são 'várias moedas' em jogo e
de diferentes tipos. A Europa está sob as rédeas de grupos que cobiçam uma
nova estrutura de poder mundial. E para isso, nada melhor que plantar as sementes
da convulsão social no velho continente. [Data: 18/09/2015]
Nesse comentário, destaquei a necessidade de observar dois
raciocínios: i) a identificação e a análise das estimadas perspectivas do “establishment de
mídia"; ii) as várias possibilidades geopolíticas em jogo, já que se trata
de "várias moedas" de "diferentes tipos". O segundo
raciocínio nos leva para uma dúvida bastante fundamental, ainda que trivial,
quando ele se junta ao primeiro numa articulação de ideias positivas, por meio
da qual se consolidaria uma interpretação provisoriamente consistente. Essa
dúvida, quando objetivada, poderia ser traduzida da seguinte maneira: se há um
“establishment de mídia”, como poderíamos pensar em “várias moedas e de
diferentes tipos” (grupos políticos) em ação? Observa-se, nessas expressões, o
sentido pouco superficial e frugal da palavra “moeda”, pois coloco sob uma
única camada verbal a ideia de probabilidade (chance) e a ideia de poder
político, referenciando-os essencialmente numa hipótese de experimentação
social, numa conjugação laboratorial de diferentes cenários.
Um leitor perspicaz e atento à raiz lógica da crise
europeia entenderá perfeitamente que surge, no velho continente, o
aprofundamento de tendências ideológicas em várias direções, ao mesmo tempo em
que o decadente paradigma marxista-frankfurtiano tenta ditar os rumos da
interpretação social no que ocorre no Ocidente. Apesar de seu irreversível
declive, esse paradeigma ainda possui bastante influência na cultura
juvenil, seja por meio de ONGs, de movimentos sociais ou de acadêmicos
socialistas, uma vez que, atualmente, tal sistema de pensamento adquiriu uma
formidável sincronia ideológica nos principais polos de representação da ordem
ocidental. De modo sinóptico, basta notar o perfil ideológico do Sr.Barack
Obama, a retórica do Papa Francisco (o jesuíta Jorge Mario Bergoglio) e a
orientação crítica dos Think-Tanks com notáveis economistas (ex:
Paul Krugman) e megainvestidores (ex: George Soros), que tentam perfilar o
desenho intelectual de uma nova arquitetura na ordem econômica. É exatamente
nesse ponto, portanto, que se localiza parcialmente a resposta para a aparente
contradição entre a existência de um establishment capaz de forçar a
uniformização da opinião pública e o aparecimento das diversas possibilidades
políticas que sacodem a cada dia o seio europeu. E tudo isso se movimenta na
medida em que o velho continente começa a sinalizar profundas turbulências em
sua própria tradição civilizacional e a dar abertura a algum nebuloso caminho
para a "futura salvação" de sua ordem.
Na Europa, presencia-se um súbito espectro político que
abrange visões radicais. Há tanto partidos “esquerdistas” – ex: Podemos na
Espanha— quanto agremiações de “extrema direita” que adotam um discurso
antiislâmico —ex: Golden Dawn na Grécia, Front National de
Marine Lee Pen na França, além de outros. Mas, para fechar esse quebra-cabeça,
é necessário captar uma realidade de repercussão geopolítica no sentido leste
(a crise ucraniana) -- tensão entre a UE-OTAN e a Rússia -- e o desenrolar do
Estado Islâmico, sem falar do grupo Bilderberg.
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais
protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou
fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só
citar o autor do texto e o meio em que se encontra
exposto.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
Leitura (áudio) de texto
A leitura (áudio) do texto "A imprecisão resolutiva e uma lição de Heisenberg."
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Publicado no site SoundCloud.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
O diálogo
O diálogo
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Em um certo dia, ao final da tarde, um filósofo pergunta a um místico:
--Místico, como o ar que respiramos pode ser essencial à nossa sobrevivência? Não procuro uma resposta na biologia.
O Místico diz:
--Por que perguntas? Não já existe uma explicação biológica e física?
O Filósofo responde:
--Apenas desejo questionar. Agrada-me entender o âmago das coisas, acerca do que está além das respostas satisfatórias. A vida na Terra é um fenômeno orgânico com determinadas características. E por que não imaginar a existência de vida inteligente em outro modo de existência?
O Místico, então, responde:
--Especulas, Especulas e Especulas: essa é a tua honrosa tarefa. O dever do cientista é explicar, explicar e explicar: essa é a triunfal forma do homem da experiência positiva. Já a atividade do místico é apenas observar.
O filósofo se aproxima do místico com um semblante de dúvida, dizendo:
--Só observar??
O Místico, então, responde:
"Observar o que é claro e inatingível."
Álvaro Vinícius de Souza Silva, 15/09/2015.
Obs: de acordo com a lei nº 9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível."
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
domingo, 13 de setembro de 2015
O vaso, vazio vaso...
O vaso, vazio vaso...
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 13/09/2015 Hora: 22:54 (Horário de Brasília)
O vaso, vazio vaso...
Que não guarda o espaço
Para um inoxidável aço
Em um só e apenas um compasso
O vaso, vazio vaso...
Que solfeja no imaginário
Em um arco-íris de um só traço
Curvado em um só embaraço
Para não quebrar o vaso num só caso
O vaso, vazio vaso...
Que não existe por cada caso
Pois é só um corpo nulo e escasso
Sob o caco de um só único cansaço
O vaso é vazio, vasa num só estalo
Pois espera tudo em um só caso.
Fim!
Álvaro Vinícius de Souza Silva, 13/09/2015
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
O Mestre, o Discípulo e a Estrela
O Mestre, o Discípulo e a Estrela
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 13/09/2015
Certa vez, o Mestre pergunta ao seu Discípulo:
---Qual a estrela que poderia brilhar tanto quanto a maior estrela que poderias pensar?
O Discípulo responde:
---A estrela que seja possível existir.
O Mestre diz:
---Tua estrela é uma possibilidade; é o que pode ser ou não ser. Mas
por que entenderias o brilho como a razão consequente de sua grandeza física?
O Discípulo responde:
---Porque a energia é a matéria; a matéria é a energia.
O Mestre diz:
"O espírito é tão maior que poderia existir na menor semente que tu poderias imaginar."
Uma lição: o espírito é tão brilhante e vivaz que a física parece ser a interpretação mais primitiva...
Álvaro Vinícius de Souza Silva, 13/09/2015
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
Do ínfimo ao grande
Do ínfimo ao grande
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 13/09/2015 Hora: 00:13 (Horário de Brasília)
Do ínfimo ao grande, da fraqueza à fortaleza e da luminosidade à escuridão: para tudo isso, existe e subsiste o esplendor conceitual e a proporção relativa, fundados na observância e no incrustar da interpretação. Um justo e aquiescente exercício à reverência que se tem à inteligência que nos ultrapassa.
Álvaro Vinícius de Souza Silva, 13/09/2015.
Álvaro Vinícius de Souza Silva, 13/09/2015.
Obs: de acordo com a lei nº 9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível."
sábado, 12 de setembro de 2015
O Reino Invisível
O Reino Invisível
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 12/09/2015 Hora: 01:16
"Não atentado nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas."(II Coríntios 4:18)
"Voz que clama en el desierto: preparad camino a Jehová;enderezad calzada en la soledad a nuestro Dios." (Isaías 40:3)
O visível é um amigo aflito, enquanto o invisível é um permanente mistério em desatino. As ondas do mar vão e voltam, mas o oceano permanece em seu lugar. As aves sobrevoam pelos céus, cortando em sombras as luzes do Sol, mas logo o dia segue em noite e a noite segue em dia, sob o contínuo contraste da mudança. E quando, num deserto, um grito solitário não atende a nenhuma resposta, a miragem emerge como um sonho, como a única loucura do homem ou como a única esperança que vem aos seus pés. Assim, é mais fácil o homem procurar o espelho de seus caprichos que aceitar o invisível mapa que guia os seus passos. Só o sábio entenderá, porque em cada aflição ele se fará mais sábio; o tolo jamais entenderá, porque em sua solidão verá no espelho um amigo aflito, que é a parte visível, sem jamais compreender o Reino Invisível.
Álvaro Vinícius de Souza Silva, 12/09/2015.
(Este texto foi publicado no site Recanto das Letras)
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Uma reflexão: a sofisticação verbal e os especialistas
A Sofisticação Verbal e os Especialistas
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Trecho do que escrevi no texto "A imprecisão resolutiva e uma lição de Heisenberg".
"De certa maneira, não há nenhum erro em turbinar cada especialidade do conhecimento, contanto que a captação de uma realidade de estudo não seja obstruída pela primazia de uma formulação técnica de pesquisa acadêmica, da qual procede, muitas vezes, uma sofisticação meramente verbal e uma consequente roupagem aparentemente científica entre cada termo usado e cada palavra postiça".
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Ai de vós
Ai de vós, "coitadeus"!
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:09/09/2015
Hora:03:12 (Horário de Brasília)
Ai de vós, que idolatra o instinto
Ai de vós, que serpenteia no íntimo
Ai de vós, que espera o torpor
Ai de vós, que deseja o próprio louvor
Ai de vós, que não enobrece a língua
Ai de vós, que não entende a rima
Ai de vós, que desafina em melodia
Ai de vós, que não toca um tambor
Ai de vós, que não reconhece o Criador
Ai de vós, que detesta qualquer instrutor
Ai de vós, que requer o vapor:
"Onde nem água, nem sol
Hão pra chuva e o calor..."
Ai de vós, coitadeus!
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
A Profecia e o Virtus Seculorum
A Profecia e o Virtus Seculorum
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 08/09/2015 Hora: 16:08 (Horário de Brasília)
O virtus da antiga estrela da manhã
Renascerá das profundezas da escuridão
Em uma batalha mística
Entre as forças da luz e das sombras
Estimulará o homem para a salvação
De sua derradeira vida
Mas aquele que é, que é sempre, o Rei dos reis,
Quebrará a torpe aliança do principado da serpente
E iluminará o mundo sob o Sol Invencível
Não fará uma nova luz
Será apenas uma nova perspectiva para a luz
E entre os escombros da civilização
Caberá ao homem renascer da "água e do espírito"
Ou pelejar nas obras de suas próprias mãos.
Obs:
Esse texto foi publicado na seção Pensamentos do site Recanto das Letras. Tive como principal objetivo expressar uma intuição, muito embora, neste espaço virtual, tenha escrito em forma de versos. Tudo por uma questão meramente estética. Deixo ao leitor a liberdade para acreditar ou não na possível mensagem escatológica desse texto.
Obs: de acordo com a lei nº 9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intengível."
Obs: de acordo com a lei nº 9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intengível."
O farisaísmo acadêmico
O farisaísmo acadêmico
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data: 08/09/2015
A sofisticação formal repreende, muitas vezes, a beleza e a grandeza do que é simples e acessível por natureza. Por isso, o exercício da intuição deve ser a primeira necessidade. Só assim evitar-se-á a grosseria do farisaísmo acadêmico.
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
O Império e a Força do Equilíbrio
O Império e a Força do Equilíbrio
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:07/09/2015
O semblante de um império é a sua honra. Se há permanente sorriso, é sinal de que haverá ruínas.
Por acaso, subsiste algum reino pela constante alegria de sua conquista? E se há permanente tristeza, é sinal de que não existe nem mesmo um rei ou rainha.
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
A ilusão do progresso, o fruto da Razão
A ilusão do progresso, o fruto da Razão
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:07/09/2015
Hora: 00:50 (Fuso Horário de Brasília)
O homem moderno, em sua postura autocêntrica, acredita cegamente que está na direção do progresso humano, tal qual um jovem que segue apenas o caminho da autorrealização. Nesse caminho, descobre a emoção de subir em grandes rochas e montanhas, esquecendo que sua força não domina tudo e que sua liberdade pode esconder ousadias irracionais. Mesmo com a ideia geral de uma razão iluminadora, uma espécie de pedra angular do progresso do homem e da sua liberdade, a modernidade propiciou um mundo cada vez mais sem razão.
É a ilusão do progresso, o fruto da razão.
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
domingo, 6 de setembro de 2015
A originalidade
A originalidade
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:06/09/2015
Hora: 21:36 (Horário de Brasília)
Nenhuma originalidade surge sem a disposição para crer. Se não acreditas em algo, não haverá nada que seja novo. Mas se acreditas apenas na face ornamental dos mitos de sua época, repetirás apenas o que todos querem ouvir, ver e sentir. Na época atual, por exemplo, tentar mudar o mundo é ser banal. É criar uma fantasia de originalidade.
(Foi publicado no site Recanto das Letras)
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
Em um único instante
(Este texto se encontra na página Pensamentos deste blog)
A eternidade em um único instante.
Autor:
Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:
06/09/2015
Hora:
02:46
Em
nenhuma das infinitas sucessões do tempo, haverá outro momento que nos
proporcione a mesma consciência de um único instante. De instante à instante,
há um flerte com a eternidade, um vislumbre magnífico de uma única resolução
concreta entre universos de possibilidades, que não têm início e nem fim.
Eis
a face da eternidade em um único instante.
Obs:
de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas
as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas
em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs:
caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do
texto e o meio em que se encontra exposto.
A utopia revolucionária e o mundo
A utopia revolucionária e o mundo
Autor:
Álvaro Vinícius de Souza Silva
Data:06/09/2015
Hora:00:51
(Fuso Horário de Brasília)
(Está
disponível na página Reflexões Bíblicas do próprio blog)
O
lugar do mundo não é o da utopia revolucionária. Ainda que o mundo,
essencialmente imperfeito, estimule o fervor utópico para mudá-lo em sua
essência, jamais haverá uma mudança em sua 'misteriosa razão' de 'ser', pois
uma criatura imperfeita não poderá afetá-la e jamais poderá entendê-la na
plenitude de sua própria inteligência.
Se a inteligência provém da consciência de que algo nos transcende, então
seremos capazes de discernir em grande profundidade, mas jamais aptos para
reger a própria realidade, tal qual fez o próprio Deus ao dizer 'fiat lux' no
livro de Gênesis. Assim, somos apenas a criatura que 'veio do pó e ao pó
retornará' (Gênesis).
Foi publicado no site Recanto das Letras
Obs:
de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas
as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas
em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs:
caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do
texto e o meio em que se encontra exposto.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
A Natureza, as Leis Cósmicas e a Evolução
A
Natureza, as Leis Cósmicas e a Evolução
A natureza não é independente, pois é regida pelas
Leis Cósmicas. Em cada ciclo ela se renova, mas jamais inova por si. E se ela
adquire, pela combinação das possibilidades, uma nova relação entre as novas
criaturas, então tudo se resumiria ao desenvolvimento das potencialidades
naturais.
Para um cérebro preguiçoso, isso seria uma Evolução.
Data:
04/09/2015
Hora: 03:51
(Fuso Horário de Brasília)
Autor: Álvaro
Vinícius de Souza Silva
Foi
originalmente publicado no site Recanto das Letras.
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é preciso solicitar a permissão do autor.
A inteligência cética, a dúvida e o próprio homem
A
inteligência cética, a dúvida e o próprio homem
No
rigor da inteligência cética, a dúvida se torna, aparentemente, o instrumento
de glória da razão humana. Costuma-se, assim, reunir os atalhos teóricos que
possam orientar alguma motricidade algébrica do raciocínio abstrato. Mas o que
seria dessa capacidade sem o que há de mais concreto e evidente, que é o
próprio homem?
Data: 04/09/2015
Hora:
02:10 (Fuso Horário de Brasília)
Autor: Álvaro
Vinícius de Souza Silva
Foi
originalmente publicado no site Recanto das Letras.
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é preciso solicitar a permissão do autor.
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
A religiosidade cética
A religiosidade
cética
Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva
Para o cético radical, a religiosidade se limita à prática ritualista e
à instituição de uma determinada moralidade. Essa religiosidade, segundo o
cético iconoclasta, não passa de uma convenção humana questionável. Em seu
domínio de opinião, ele está tão fervorosamente correto quanto um religioso em
seu limitado apego à superfície do rito. Qual é, então, a diferença entre
ambos?
Data: 03/09/2015
Foi publicado no site Recanto das Letras.
Link:
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é só citar o autor do texto e o meio em que se encontra exposto.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
O cético pantomima
O inabitual como susto: o cético pantomima
Parte 2
Autor: Álvaro Vinícius
de Souza Silva
Data: 01/09/2015
Hora: 00:52 (Fuso horário de Brasília)
Não é
difícil perceber que a formulação conceitual de um método - method, met, "depois",
hódos, "caminho"-, atualiza sistematicamente um conjunto de
diretrizes experimentais sobre o qual repousava alguns prognósticos
rudimentares. Como consequência, esboça-se naturalmente um método por meio de
identificadores de regularidade (parâmetros) numa dada observação. Em razão
disso, surge a necessidade de testá-lo para hipóteses, hypothesis, hypo--sob-, com thesis, proposição, a fim de
estabelecer a configuração lógica, logikê, logikós, logia, que
findará na aproximação conceitual entre method e logia, isto é,
numa metodologia[1]. Para o cético mimético, um "cabeça oca" que
anseia por preludiar a dúvida como o fim supremo, a evidência científica seria
sempre o desdobramento da metodologia para a qual fixou um padrão de
questionamento específico, baseando-se numa formuleta ginasial que esgarçaria
noções muito limitadas e estapafúrdias, ainda que aparentemente justificáveis.
Vejamos o seguinte exemplo: a evidência da aceleração dos corpos pela lei
galileana -- conceituação matemática referente à queda livre dos corpos -- tem
consonância com a observação ou indução (eixo qualitativo) a partir da
geometrização da realidade física (eixo de abstração lógica), em que a noção
posicional dos corpos corresponde às relações analíticas entre pontos em uma
dada referência. Caso um cético pantomima queira jorrar sua capacidade de
duvidar unicamente pela síntese da aplicação metodológica galileana, procurando
respaldar toda a ciência física nessa forma de avaliar os fenômenos físicos,
ele logrará para si apenas a segurança do método para as situações cujos
resultados foram plenamente confirmados, todavia criará algum obstáculo teórico
para situações que apresentem explicações insustentáveis pelo método [2]. Por
uma inabalável fidelidade ao método, tenderá assim a simplificar os fenômenos
ou fichá-los em ad hoc. Uma maneira de entender isso é perceber a
diferença intuitiva que procederia da interpretação entre a simples
representação geométrica dos corpos em movimento e a relação entre variações
infinitesimais em diferentes momentos da representação geométrica desses
corpos. Nesse último caso, teríamos uma explicação física por base da teoria
newtoniana e descrita matematicamente pela concepção de cálculo de Gottfried
Leibniz. Através dessa abordagem Newton-Leibniz, amplia-se satisfatoriamente o
número de situações abarcadas em um novo arranjo teórico, especialmente nos
casos em que ocorre a variação da aceleração gravitacional, o que difere
obviamente das previsões galileanas. Devido à refundação das próprias
ferramentas teóricas, propicia-se uma crise (crisis) no binômio teoria-método e
os limites da previsão galileana se tornam claramente evidentes. Nota-se,
então, o aparecimento de um novo instrumental teórico -- o cálculo
diferencial--sem o rígido auspício lógico da antiga metodologia
físico-matemática, uma vez que os próprios fundamentos teóricos foram
reestruturados. Não houve um desenvolvimento direto da aplicação da lei
na experiência, capaz assim de ratificar uma generalização para outras situações.
Mas o cético pantomima, ao
exercitar a meditação do Asno Buridan, talvez ainda acredite em um método
fabuloso, em um critério umbilical, em sua conduta de questionamento que deriva
do apego ao método predileto e da respeitabilidade que alguma abordagem
metodológica consolidou ao longo do tempo; ou, quem sabe, o cético pantomima
ainda insiste em sua honra de duvidar pelo método e sob o método; enfim, nada
mais!
Para a leitura da Parte 1:
"O inabitual como susto: de Feyerabend a Charles Richet"
(Autor: Álvaro Vinícius de Souza Silva)
E-mail: alvarovinixshered@hotmail.com
1-Dicionário etimológico.
2-Esse raciocínio que desenvolvi sobre a segurança do método como um
fetiche intelectual, o qual pode obstaculizar o avanço de novas ferramentas
teóricas, advém das leituras da obra Against Method (Contra o Método),
de Paul K. Feyerabend.
Consulta bibliográfica:
FEYERABEND, Paul K. Contra o Método; tradução Cesar Augusto
Mortari.-2.ed.-São Paulo: Editora Unesp, 2011.
Obs: de acordo com a lei nº9610/1998, "são obras intelectuais
protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou
fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível".
Obs: caso haja interesse nesse texto para algum trabalho, é preciso
solicitar a permissão do autor.
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